Bolsonaro escolhe nome fora da lista tríplice e causa insatisfação, mas o novo PGR não pode "atrapalhar"

Depois de causar insatisfação na PF por conta de sua ingerência indevida, agora nomes em sua maioria ligados à Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e defensores da lista tríplice para nomeação do procurador-geral, prometem não ocupar cargos de indicação do procurador-geral da República caso Augusto Aras venha a ter seu nome aprovado pelo Senado e efetivamente assuma o comando da instituição. Jair Bolsonaro decidiu escolher o subprocurador-geral Augusto Aras como sucessor de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República. Bolsonaro telefonou para Aras, informando-o de sua decisão, publicada no Diário Oficial da União de ontem (5). Bolsonaro tem dito que o chefe da PGR teria que ser alguém alinhado às ideias do governo e que não "atrapalhe". A julgar pela reação dos procuradores a categoria já esperava que a indicação fosse um nome fora da lista triplice, só que esperavam que o presidente escolhesse um nome com liderança dentro da carreira, como o do subprocurador-geral da República José Bonifácio de Andrada ou Paulo Gonet, por exemplo.