Medida provisoria do presidente contra órgãos da imprensa deve caducar
O presidente da Câmara dos Deputados,Rodrigo Maia, disse nesta semana que a Medida Provisória assinada pelo presidente Bolsonaro, com o objetivo de atingir os veículos de imprensa, que desobriga as empresas de publicarem seus balanços em jornais de grande circulação. De acordo com o deputado ela não deve nem chegar a ser votada e vai caducar. "Eu acho que tendência é que ela possa nem ir a voto", disse Maia aos jornalistas que ainda criticou a MP afirmando que o poder público não pode editar medidas ou aprovar projetos que sejam "contra" alguém. O presidente disse claramente que que a medida era uma espécie de "retribuição" à forma como foi tratado pela imprensa durante a campanha eleitoral e disse que isso levaria ao fechamento de alguns veículos, como o Valor Econômico. Ao liberar a publicidade de balanços e editais na internet, de forma gratuita, o presidente pretendia retaliar e colocar em risco a sobrevivência de jornais como o Valor Econômico e também a publicações tradicionais como Folha e Estado de S. Paulo. Entretanto a medida também atingiria pequenos e médios jornais, de forma que haverá menos veículos circulando. "Não é o jornal Valor que vai acabar, vai acabar o jornal do interior", disse. "Nós queremos que não apenas O Globo, Folha, Estadão, Valor continuem existindo, queremos que jornais continuem existindo", acrescentou.