Inpe deu 15 em media 15 alerta por dia de abril a julho ao governo federal e nenhuma providencia foi tomada
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O ex diretor do Inpe, Ricardo Galvão disse em uma palestra para um público de estudantes e professores da UFPR, muitos sentados no chão devido a superlotação. Que o Inpe havia alertado o governo da situação preocupante da região amazônica. Galvão destacou que em janeiro foram 1300 alertas e em julho 1800, sem que nenhuma providência fosse tomada. Chegaram a ser 15 alertas por dia de abril a julho" concluiu. O cientista foi aplaudido de pé e disse que continuará perseguindo o objetivo de fazer com que a sociedade não seja iludida e venha lutar junto. "É preciso, por exemplo, conscientizar a todos que apagar o fogo das queimadas é apagar o efeito. O que é preciso urgentemente é combater o desmatamento a causa. Por isso, é preciso cobrar que o monitoramento seja feito e que os dados levem o governo a ação", asseverou. Segundo Galvão sua exoneração, e todo debate sobre os dados do desmatamento da Amazônia, acabaram por fortalecer o Inpe. "Muitas pessoas me encontram na rua e dizem que não sabiam da existência do INPE e tudo o que ele faz. Os ataques do governo contra o Inpe, acabaram por fortalecê-lo", relatou. O físico de 71 anos foi exonerado no dia 2 de agosto do comando do instituto que é responsável por realizar monitoramento e estudos, por exemplo, do desmatamento na Amazônia e outro biomas. A exoneração aconteceu após a divulgação de dados de satélites do instituto que indicaram um aumento de 68% do desmatamento na primeira quinzena de julho em relação ao mesmo período do ano anterior. Bolsonaro desferiu críticas ao diretor e chegou a dizer que Galvão estaria a "serviço de alguma ONG". Afinal... O Galvão tinha razão!