MANCHA DE ÓLEO ESTA NADANDO CONTRA A MARÉ
Ontem nós admitimos que o presidente estaria certo, ao analisar o 'DNA' da mancha de óleo e declarar que não tem as características do produto produzido e comercializado no país. Mas afirmar que óleo é venezuelano é mostrar que o ministro Salles faltou as aulas de geografia. Uma simples olhada no mapa das correntes marítimas do Nordeste brasileiro, seria suficiente para mostrar que para vir da Venezuela o óleo teria que andar na contramão das correntes marítimas e dá condições dos ventos dominantes da região alísios, que também seguem no mesmo sentido da corrente. É tão idiota dizer que vem da Venezuela quanto dizer que vem do Golfo do México, porque mar e vento levariam o óleo em sentido oposto. Poderia ser de um navio petroleiro venezuelano, mas poderia também ser de qualquer outro, de qualquer nacionalidade , circulando pelo Oceano Atlântico, entre a América e a África. Ontem falamos também que o governo anda envolto em teorias conspiratórias, segundo ele estão todos contra ele, até mesmo aliados se tornam inimigos e a poluição marinha e costeira passa a ser instrumento de exploração político-ideológica. Em 2011 a Chevron, uma das gigantes petrolíferas americanas deixou vazar cerca de 3700 barris de petróleo por uma rachadura a 1200 metros de profundidade e não foi uma conspiração ianque, foi fruto da imprudência e desídia da Chevron ao economizar etapas na perfuração de um poço, que se repetiu em novo vazamento em 2012. Acidentes acontecem, as ações que são tomadas na solução das causas e dos efeitos e que fazem a diferença.