PF vai investigar mensagens em massa na campanha presidencial

15/10/2019

A fábrica de Fake News da política não para e está trabalhando a todo vapor. Para tentar frear esta situação o ministro Alexandre de Moraes (STF), solicitou que as investigação que estão se desenrolando no chamado "inquérito da fakes news", conduzido pela Polícia Federal, investigue a relação entre uma rede de mensagens de WhatsApp favoráveis a Jair Bolsonaro e os ataques sofridos pelos ministros da Corte na internet. Nos últimos meses o WhatsApp cancelou ao menos 1,5 milhão de contas de usuários brasileiros desde as eleições passadas por uso de robôs, disparo em massa de mensagens e disseminação de fake news.Entretanto já ficou claro que, muitas dessas linhas telefônicas que foram usadas nos disparos durante as eleições de 2018 continuam ativas e sendo usadas para administrar grupos públicos de WhatsApp a favor do governo Bolsonaro. Na grande maioria desses grupo, só o administrador pode enviar as mensagens. O STF quer saber se a mesma estrutura é utilizada para disseminar os ataques e ameaças aos ministros. Recentemente noticiamos aqui que, o gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, confessou publicamente os disparos em massa ilegais nas eleições do Brasil. "Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violam nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas", afirmou, em palestra no Festival Gabo. Esta declaração de Supple, levou o ministro a dizer "Essa rede alguém paga, alguém financia por algum motivo. Há fortes suspeitas de que os grupos de financiamento maiores são de São Paulo" Por conta disso em seu despacho Moraes aponta uma das linhas de investigação "a verificação da existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito". Podendo em seu desenrolar ter outros rumos indicados. Só nos resta ver onde isso vai chegar.