23/10/2019

24/10/2019

A 23ª Pesquisa da CNT (Confederação Nacional de Transporte) de Rodovias, divulgada na terça feira (22), traz dados assustadores para Minas Gerais. O estado foi o que teve maior custos com acidentes nas rodovias estaduais até aí, nada demais, já que o estado também tem a maior malha viária do país. Entretanto as cifras refletem o estado de conservação das estradas, de acordo com o relatório 70,6% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima, em razão deste índice no ano passado o estado gastou o equivalente a R$ 1,26 milhões. A situação de estradas que cortam a Zona da Mata também foram avaliadas. A avaliação aponta para uma piora geral, mais da metade da malha (59%) apresentou problemas sérios, foram identificados 797 pontos críticos ao longo dos 108.863 quilômetros pesquisados, um aumento de 75,6% em relação ao mesmo período de 2018. Hoje, segundo os dados da CNI o modal rodoviário é o que possui a maior participação na matriz de transporte nacional, concentrando, aproximadamente, 61% da movimentação de cargas e 95% de passageiros. "Isto ressalta a importância para o desenvolvimento econômico e para a garantia de direitos fundamentais dos cidadãos". Mesmo com esta importante participação, a situação das rodovias em todo o país é crítica. 52,4% apresentam problemas de pavimentação; 48,1% estão mal sinalizadas e 76,3% tem um geometria errada, que é o traçado da via. Em razão destes índices no ano de 2018 o país arcou com quase R$ 10, bilhões em custos de acidentes nas estradas. A pesquisa mostra que na nossa região (zona da mata mineira) a BR-440 foi considerada com um estado de conservação ruim, sua pavimentação e a geometria foram avaliadas como péssimas, e mal sinalizada; a BR-267 teve uma avaliação regular. Nos critérios analisados pela pesquisa, a qualidade do asfalto é regular, a sinalização boa. mais o traçado é ruim. As rodovias melhor avaliadas foram a BR 040 e a BR 116, nestas apenas geometria foram consideradas irregulares, nos demais critérios foram consideradas como bons, possivelmente pelo fato das concessões. Já a BR120 teve a avaliação ruim a péssima em todos os critérios. O certo é que todas estas estradas tiveram um aumento do fluxo de veículos nos últimos anos, e com isso certamente a elevação do índice de desgaste da pavimentação, e boa parte delas sequer tem condições de ampliação, instalação de segunda pista na subida e remoção do excesso de curvas. Com a palavra o ministério da infra estrutura e seus órgãos. Que os problemas existem, que não são responsabilidade deste governo e que são de difícil solução, isso nós sabemos. Entretanto, com o bônus, vem o ônus, e precisamos de urgentes soluções.