Todo tipo de excesso precisa ser combatido

25/10/2019

Todo o excesso precisa ser combatido, um grupo de pais, procurou o Ministério Público do Estado de Goiás, para denunciar um abuso cometido em um colegio militarizado da cidade de Goiás, quando cerca de 40 alunos e 'alunas' foram constrangidos a participarem de uma revista íntima. O MPGO instaurou procedimento para apurar os fatos que de acordo com relatos, levou alunos após suspeita de tráfico de drogas por parte de alunos a serem submetidos a revista. Estudantes do 9° ano, então, foram levados um a um ao banheiro, onde, na frente de um policial, tiveram que de despir, tirando, inclusive, as peças íntimas. No caso das meninas, cuja revista foi conduzida por uma PM, elas ainda foram orientadas a se agachar cerca de cinco vezes. Tal procedimento fere o ECA tendo em vista que a média de idade dos estudantes é de 14 anos. Após a reação das famílias, a Polícia Militar de Goiás afastou o diretor e dois PMs. Alunas se sentem tão envergonhadas que não querem mais voltar as aulas

"Não quero mais ir à escola"

Em depoimento, algumas das alunas que passaram pela revista relataram o caso. "Foi muito constrangedor, um momento de muito desconforto. Ficar pelada na frente de um adulto, que você não conhece", lamentou uma. "Eu não quero ir para a escola mais, pela vergonha que passei", afirmou uma outra. A vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional DF (OAB/DF), Raquel Fuzaro, declarou que jamais os adolescentes devem ser expostos a situações constrangedoras. Se houver suspeita de que alunos estão envolvidos com drogas, a medida legal a que compete a escola é comunicar à família e ao Conselho Tutelar, para que juntos possam buscar os serviços de atendimentos", explica.