Brasil e China assinaram diversos acordos e memorandos de entendimentos nas áreas de política, ciência e tecnologia e educação, economia e comércio, energia e agricultura.

26/10/2019

Brasil e China assinaram ontem (25) diversos acordos e memorandos de entendimentos nas áreas de política, ciência e tecnologia e educação, economia e comércio, energia e agricultura. "Estava ansioso para esta visita porque temos na China o primeiro parceiro comercial e me interessa muito fortalecer este comércio, bem como ampliar novos horizontes. Hoje podemos dizer que uma parte considerável do Brasil precisa da China a China também precisa do Brasil", disse Bolsonaro durante o encontro. Enfim uma mudança ao discurso ofensivo que tem sido sua marca. Em 2018 o fluxo comercial dos dois países alcançaram a marca histórica de US$ 98,9 bilhões. Foram assinados portanto vários protocolos de intenções desde a criação de rotinas sanitárias para exportação de carne termoprocessada (que passa por processo de cocção) e farelo de algodão. Os países também passaram a reconhecer as certificações de Operador Econômico Autorizado (OEA) emitidas pelas autoridades aduaneiras dos dois países, o que vai agilizar a inspeção e liberação de produtos comercializados por ambos. Em 2020, Brasil e China iniciam o processo de aprimoramento e modernização dessa estrutura e a atualização do Plano de Ação Conjunta (2015-21) e o Plano Decenal de Cooperação (2012-21). Prevê-se também um entendimento bilateral com contatos institucionais, mas próximos, regulares , o que certamente trará benefícios nas soluções de conflitos. Durante a visita a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também assinou um acordo de colaboração internacional com a National Natural Science Foundation of China (NSFC), que prevê entre as ações o intercâmbio de cientistas, acadêmicos, estudantes de pós-graduação e pós-doutorandos; a promoção de pesquisa em educação e áreas relacionadas; o fomento à parceria entre universidades; o patrocínio de seminários, workshops e conferências; e a promoção de programas conjuntos de pesquisa e projetos. Muitos outros 'acordos' foram assinados nas áreas de comércio, energia, infraestrutura, educação superior, mestrados, doutorados e cursos técnicos, agropecuária, entre muitos outros. No mês que vem, Xi Jinping deve vir ao Brasil para participar da 11ª Cúpula do BRICS (grupos formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Ao final do encontro, Bolsonaro presenteou o presidente chinês com um agasalho do Flamengo, "o melhor time do Brasil no momento". "Como o esporte, em especial o futebol, nos une a todos e estamos em uma grande competição na América do Sul. E agora o Brasil todo é Flamengo e, com toda certeza, 1,3 bilhão de chineses também serão Flamengo no final do mês que vem", disse Bolsonaro ao presidente chinês.