"Que país é Este"

27/10/2019

Voltamos no tempo, encontramos uma pérola de Renato Russo e da Legião Urbana "Terceiro mundo, se for; Piada no exterior; Mas o Brasil vai ficar rico; Vamos faturar um milhão;Quando vendermos todas as almas; Dos nossos índios num leilão" Esta é uma estrofe da música "Que país é Este" gravada em 1986, mas até parece os fatos de hoje. Em pleno século XXI e ainda precisamos perguntar, que país é este? Falta bem pouco para o colapso total, quando um Procurador da República , coordenador da mais importante operação de combate a corrupção ataca desrespeitosamente um decano ministro do STF e ainda diz "Nenhum princípio da Constituição é absoluto, logo a presunção de inocência deve ser compatibilizada com outros direitos e valores constitucionais e com a eficiência da Justiça" Ou seja, a obediência à constituição ocorre de acordo com o momento. Essa declaração veio na carona durante uma palestra em uma universidade. Na ocasião também, Deltan Dallagnol se mostrou irritado com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir prisão com condenação em segunda instância. O que precisa ser analisado pelos ministros na realidade, não é a legalidade ou não da prisão em 2ª instância, ou qualquer das outras e sim nas provas que apresentadas para concluir que o réu merece a prisão, deixando claro que os processos devem ser instruídos com provas apresentadas e não produzidas. Este sim é o principal fator para que as condenações em 2ª instância estejam sendo revistas e sua valia julgada. Na ânsia pela fama, dinheiro e poder, já que a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello vai ocorrer, em 2020 a sua vaga, tem enchido os olhos tanto de Dallagnol como de Moro. Para essa cadeira eles tentam articular junto ao presidente Jair Bolsonaro a indicação de um "aliado". O nome do próprio Moro é defendido pelos procuradores de Curitiba e bastante cotado para uma das duas cadeiras que ficarão vagas durante o mandato do ex-capitão além de Celso de Mello, também Marco Aurélio irá se aposentar, em 2021. Dallagnol diz que espera mudanças em 2020, e nós também.