Governo Bolsonaro... Tá rolando o que?
A partir de hoje e toda terça-feira, você terá uma série de reportagens sobre o fim de semana do presidente, notícias atualizadas direto das principais agências de notícias que cobrem o dia a dia do governo.
Essa é Fake. Estão circulando algumas postagens dizendo que o presidente teria, se hospedado no mais luxuoso hotel do oriente médio, o Emirates Palace, em Abu Dhabi, capital do Qatar. Um capuccino custa R$ 82, cerca de oito vezes o que a bebida custa no Brasil, e ainda de acordo com a postagem, as diárias dos 394 quartos e suítes do Palace começam em R$ 2.665 por noite, no mais simples. O preço não inclui café da manhã. Isso é FATO. O Fake na publicação é dizer, que o presidente utilizou recursos públicos. A hospedagem foi totalmente paga pelo governo anfitrião, como é praxe em visitas presidenciais. Parabéns ao presidente e comitiva pelo zelo com o dinheiro público.
Já a próxima notícia, não merece parabéns, servidores públicos têm tido suas redes sociais, invadidas e vasculhadas. Uma compilação de postagens feitas por alguém que se identifica somente como superintendente da RF no interior da Bahia (em sua rede pessoal), enfureceu o presidente. Somente porque o servidor revela suas preferência ideológica, desalinhado com as do presidente, Um ato gravíssimo de acordo com a tortuosa visão de democracia do presidente. O fato o irritou tanto que ele já deu ordens expressas ao secretário especial da Receita Federal José Tostes, tomar pé do assunto e "resolvê-lo".
Com uma visão antidemocrática e nada diplomática o presidente declarou na manhã de ontem (28), que não pretende cumprimentar, Alberto Fernández, o presidente eleito em primerio turno na vizinha da Argentina, no último domingo. Com 96,22% das urnas apuradas já na noite de domingo, a Chapa Fernández-Cristina havia conquistado 48,03% dos votos contra 40,44% do atual presidente, Maurício Macri (aliado de Bolsonaro). "Não pretendo parabenizá-lo. Agora não vamos nos indispor. Vamos esperar o tempo para ver qual a posição real dele na política. Porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo, e vamos ver qual linha que ele vai adotar." Uma pequena frase com tantas incoerências, o presidente diz que "não vai parabenizar o eleito, mas não quer se indispor", como isso é possível. Diz que pretende "esperar que o tempo mostre a posição real dele na política... que linha ele vai adotar". Uma clara declaração de interferência na política exterior. Ao declarar que não vai cumprimentar o presidente eleito, Bolsonaro quer desconsiderar a realidade das urnas. Aí, vem um chanceler que deveria ser a voz da razão e declara "As forças do mal estão celebrando. As forças da democracia estão lamentando pela Argentina, pelo Mercosul e por toda a América do Sul. Mas o Brasil continuará inteiramente do lado da liberdade e da integração aberta", disse o ministro, reforçando uma nova crise diplomática .
Em outra declaração polêmica o presidente responsabilizou a mídia por notícias que, segundo ele, tentam desestabilizá-lo, o mesmo que guardadas as proporções enfrentamos. Para essas empresas Bolsonaro deixa seu recado, "Tem empresa que vai renovar seu contrato brevemente, eu não vou perseguir ninguém. (Mas) para quem estiver devendo, vai ter dificuldade. Então os órgãos de imprensa jogam pesado para ver se me tiram de combate para facilitar sua vida", as relações do presidente anda difícil do empresas de comunicação, por isso ele tem dado preferência às redes sociais, agora que a CPMI das Fakes News, pode acabar com este tipo de divulgação. Bolsonaro ameaça a Rede Globo , quando diz "tem empresa que vai renovar seu contrato brevemente" faz clara alusão a Rede Globo que terá que renovar sua concessão durante a vigência do seu governo.
Quem não reagiu nada bem a visita do presidente ao oriente, foi seu guru Olavo de Carvalho. No domingo (27) Olavo se refere a China como "a mais perversa e macabra ditadura" "Seria lindo ver o governo brasileiro se erguer heroicamente contra a mais perversa e macabra ditadura de todos os tempos, mas, por enquanto, só o que podemos fazer é vender frangos", afirmou Carvalho, após dizer que o "Foro de São Paulo e as tiranias chinesa e russa farão com o nosso país o que quiserem, enquanto os tais heróis da pátria continuarão arrotando, como fazem há meio século". Uma mensagem dessa, vinda de um conhecido conselheiro e guru do presidente, se chegar a China (e certamente vai chegar), vai dificultar e muito que os protocolo e acordos assinados se tornem uma realidade. Olavo diz ainda "o comunismo russo e chinês é tão desproporcionalmente mais forte que nós, que não me espanta que tantos na nossa pátria se apegue à ilusão hipnótica de que ele nem existe". Ao invés de questionar as escolhas dos argentinos nas eleições, o presidente precisar olhar com cuidado para suas escolhas de assessores e auxiliares diretos. Ou vamos ficar brincando de "pezinho pra' frente... pezinho pra' trás" Então esperamos você, toda terça-feira leia nossa coluna "Governo Bolsonaro...O que tá rolando?"