Desvio de finalidade?

07/07/2019
Foto Divulgação/Arquivo Rede Globo
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Depois da denúncia de que a Polícia Federal teria iniciado uma investigação sobre as movimentações financeira do The Intercept o do seu diretor o jornalista Glenn Greenwald. O ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, deu um prazo de 24 horas para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, informe se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Economia, está realizando alguma ação neste sentido, o subprocurador-Geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, através de uma representação pediu para apurar possíveis irregularidades no Coaf, que estaria verificando, a pedido da Polícia Federal, movimentações atípicas que pudessem estar relacionadas à invasão dos celulares de agentes públicos envolvidos com trabalhos da Lava Jato. "A motivação desta investigação teria sido, mediante perseguição e abuso de poder, intimidar o jornalista", diz o documento. No argumento do Ministério Público de Contas e do ministro do TCU, se confirmada, a investigação do Coaf poderia caracterizar "grave desvio de finalidade" e dispência de recursos públicos. "Por óbvio, isso nada tem a ver com a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo", diz Bruno Dantas. No despacho, o ministro também dá 24 horas para que o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira Lima, se manifeste. Guardem estes nomes, ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas e o subprocurador-Geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado. É provável que em breve não ouviremos mais falar deles.