Intimidação coloca diplomacia em baixa

13/07/2019

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, cotado para assumir a embaixada americana em Washington, mostra suas qualificações para o cargo ao intimidar o judiciário. O deputado sugeriu que uma eventual libertação do ex-presidente Lula, poderia causar uma convulsão social no Brasil. O pedido de suspeição do ex-juiz moro feito pela defesa do ex-presidente, deverá ser julgado em agosto, mas pouca diferença faz se sua prisão é legal ou não, "Soltar o Lula poria em xeque a nossa democracia, com risco de uma convulsão social. Eu não sei em que proporções, mas isso estaria dando o recado de que vale a pena ser desonesto no Brasil". Segundo o parlamentar o ex-juiz sofreu uma invasão criminosa com objetivo político. Os diálogos até agora revelados pelo site The Intercept Brasil, mostram a participação de um juiz como "assistente de acusação", mostram que o juiz aceitou que documentos fossem incorporado ao processo mesmo fora do tempo hábil, além de questionar a capacidade de uma procuradora para interrogar o ex-presidente Lula. Sem dúvida a Operação Lava Jato foi um divisor, nas ações judiciais contra corrupção no país, e segundo o deputado a denúncia tem um único objetivo "Querem descredibilizar o ex-juiz Sérgio Moro para, consequentemente, acabar com a Lava-Jato", "Ele [Moro] resgatou a esperança de que o Brasil pode ser um país que não privilegia a corrupção em detrimento das pessoas que trabalham honestamente. Vai perder as fichas quem apostar na queda do Moro", complementa, infelizmente, quando esse instrumento passou a ser usado para fins político eleitoral o quadro muda.

O que está em jogo neste momento é sim, o fim de uma Operação perfeita, por conta da inépcia de seus condutores.

O que está em jogo neste momento, não é se o ex-presidente é o não culpado, pois os processos contra ele não irão cessar e se for comprovado sua culpa, que seja preso e que a chave seja jogada fora. Neste momento as denúncias nos fazem questionar é se os atos jurídicos que levaram a sua prisão foram realmente legais. Em um trecho da mensagem pode se ver perfeitamente os procuradores reclamando do então magistrado: "Moro viola sempre o sistema acusatório".