Mais um recorde presidencial duas advertências da ONU em menos de um ano de mandato

14/08/2019
Foto Divulgação/RENOVA Midia
Foto Divulgação/RENOVA Midia

Passando os oito meses a frente do governo do país, o presidente é o primeiro a ser advertido por duas vezes pela a ONU. O relator especial para a Promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição, Fabián Salvioli, cobrou explicações do presidente Jair Bolsonaro por conta de suas declarações em relação do pai do atual presidente da OAB Brasil, Felipe Santa Cruz. De acordo com a ONU o ocupante do Palácio do Planalto nos seus pronunciamentos em relação a ditadura no Brasil, causa um profundo mal-estar" entre diplomatas brasileiros no exterior e dentro da ONU. As declarações do presidente abre margem para que familiares de mortos e desaparecidos políticos cobrem esclarecimentos sobre as circunstâncias do desaparecimento e localização dos restos mortais, a família de Fernando quer que o Estado apresente todas as informações ainda não reveladas sobre mortes e desaparecimentos políticos da ditadura que estejam em poder dos seus agentes, já que ele admite que se o Dr. Felipe quiser ele (presidente) poderia dar informações acerca da morte do parente. Na ONU, essa é a segunda vez em apenas cinco meses que o relator é obrigado a enviar uma carta confidencial ao Brasil por conta da forma pela qual Bolsonaro lida com o passado autoritário do país. No início do ano, depois que Bolsonaro sugeriu que o Golpe de 31 de março fosse comemorado, Salviolli chegou a qualificar a iniciativa do presidente de 'imoral' ". Em resposta o governo através de uma carta do Itamaraty reforçava seu argumento de que não houve golpe de estado em 31 de março de 1964 e o que ocorreu foi 'legítimo', contrariando a comissão especial para a Promoção da Verdade, Justiça, Reparação e Garantias de Não Repetição. "O Brasil deve reconsiderar suas opiniões a respeito de um golpe militar que resultou em graves violações de direitos humanos por duas décadas".