Embraer completa 50 anos, sem muito a festejar

Em 19 de agosto de 1969, nascia no Brasil como uma estatal para a produção de um turboélice Bandeirantes. O projeto vinha sendo desenvolvido pelo Centro Técnico Aeroespacial. Com o projeto quase pronto era necessário um local onde ele pudesse ser produzido. Ao lado das obras da fábrica em São José dos Campos uma placa "Aqui será fabricado o Bandeirantes". A produção só teve início em maio de 1971, com uma encomenda de 80 aviões para a Força Aérea Brasileira e a primeira unidade foi entregue em fevereiro de 1973 o então presidente Emílio Garrastazu Médici fez um voo inaugural. O modelo foi fabricado durante 20 anos. Hoje a Embraer completa 50 anos. Da empresa original ficaram apenas produtos das áreas de jatos executivos e defesa e segurança. Especialistas avaliam que a empresa terá de se reinventar para existir por mais 50 anos. Não vai ser fácil a vida dela daqui para frente, e vai depender bastante do sucesso dos novos produtos", afirmou o professor Oscar Malvessi, coordenador do curso de fusões e aquisições da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Após 50 anos, a Embraer está em um processo final de venda para a empresa Boeing e passara a chamar-se Boeing Brasil Commercial e trabalha no processo de reestruturação de seu quadro de funcionários para definir quem fica na Embraer e quem vai para a nova empresa. A empresa está investindo na área de defesa e segurança, que responde por 12% do faturamento, a grande aposta da Embraer é o cargueiro militar KC-390. Criado a pedido da FAB (Força Aérea Brasileira), a primeira unidade deve ser entregue em setembro. No total, a FAB fez um pedido de 28 aviões. No mês passado, o governo português anunciou a compra de cinco KC-390, o que foi a primeira venda do modelo para o exterior. O desafio da Embraer é manter o sucesso da aviação executiva e militar e desenvolver novos produtos para sobreviver por mais 50 anos. Parabéns Embraer.