Denuncia Grave, possibilidade de cumplicidade do governo nos incêndios criminosos apelidado do “Dia do Fogo”.
Uma denúncia estarrecedora, a colega jornalista Carla Aranha da revista Globo Rural, denuncia que o governo foi informado oficialmente três dias antes, sobre a articulação dos fazendeiros do Pará para ao que eles chamaram do "Dia do Fogo". O MPF do Pará teria enviado um ofício ao Ibama, órgão do Ministério do Meio Ambiente lê-se Ricardo Salles, alertando para o ato criminoso. A Força Nacional de Segurança, subordinada ao ministro Moro, também foi alertada, "o documento do Ministério Público que alertou o governo sobre o dia do fogo, ao qual a revista Globo Rural teve acesso, também cobrava um plano de contingência do Ibama em caso de 'confirmação do referido evento'. O plano foi posto em prática na data marcada dia 10/08 sem que qualquer reação governamental fosse esboçada. Todo o governo bolsonaro deveria ser processado como cúmplices desse crime. Dois dias depois do fogo ter sido ateado o Ibama órgão vinculado ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defensor da devastação da Amazônia, enviou uma resposta ao MPF na qual afirmava "a Coordenação de Operações de Fiscalização e o Núcleo de Inteligência da Superintendência do Pará haviam sido comunicadas sobre a iminência dos incidentes e ressalta que devido aos diversos ataques sofridos e à ausência do apoio da Polícia Militar do Pará, as ações de fiscalização estavam prejudicadas (parada) por envolverem riscos relacionados à segurança das equipes em campo" O orgão ainda se defende dizendo ter solicitado por ofício o apoio da Força Nacional de Segurança e segundo o Ibama a solicitação foi ignorada. Conclusão, nem Salles, nem Moro, tomaram qualquer medida em relação às denúncias recebidas, lembrando, tres dias antes da ação criminosa, que nos parece claro poderiam ser evitadas.