Opinião - Estamos sem cachorro... e ficando sem mato!

13/10/2019
Foto Divulgação/Arquivo Internet
Foto Divulgação/Arquivo Internet

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o desmatamento na Amazônia cresceu 96% em setembro de 2019 na comparação com o mesmo mês de 2018. Foram destruídos 1.447 km² de floresta. Enquanto isso acontece, o presidente volta a falar da Amazônia para dizer que não transformará a região em um "parque ecológico para o mundo" e atacou os "países de primeiro mundo" , pois estariam "de olho no índio, na floresta e nas riquezas mineiras da região. Isso não vai acontecer, do que depender do meu governo, vamos buscar maneiras, como estamos fazendo, de desenvolver a região respeitando o meio ambiente." Como se respeita o meio ambiente destruindo 1.447km² de floresta? Como se fala em desenvolver uma região, quando o maior objetivo até agora, tem sido colocar tudo à venda e promover o maior saque já visto no mundo ocidental? O presidente ainda não deve ter se dado conta do papelão que está fazendo, arrumando confusão diariamente com todos que de alguma forma o contrariam, briga com seu próprio partido e com aliados que lhe são fiéis e vive sempre vivendo uma teoria da conspiração que só existe na sua cabeça. Infelizmente até agora o presidente mas parece o bobo da corte, divertindo uma plateia que infla seu ego, gritando "mito" e rindo de suas piadas sem graça. Talvez ele nem saiba, mas ele está apresentando os sintomas clássicos da "mitomania", que ao contrário do que a maioria dos seus seguidores possam pensar, é uma compulsão em mentir, ou mentir patologicamente. Enfim mitomania é uma doença e quem sofre dela precisa de tratamento urgentissimo. Mesma doença que já contaminou parte de seus assessores diretos, um bando de ilustres desconhecidos que nunca foram levados a sério em lugar nenhum especialmente na política, uns zé-ninguém, que mentiram até em seus currículos. Estamos num mato sem cachorro, e em breve, a continuar o ritmo da destruição, estaremos sem cachorro... e sem mato.