Um presidente fora de controle

16/06/2019
Foto Divulgação/Arquivo G1
Foto Divulgação/Arquivo G1

O presidente Jair Bolsonaro está fora controle na Presidência da República, está rifando a cúpula do seu próprio governo. Depois de demitir três generais em uma semana, ameaçou publicamente o presidente do BNDES, Joaquim Levy, com a exoneração, a quem acusou de desleal, já na próxima segunda-feira caso não o atenda em uma demissão ordenada (parece que o Capitão esquece que o governo e civil) "Eu já estou por aqui com o [Joaquim] Levy [nesse momento levou a mão ao pescoço, como se estivesse cortando-o]. Falei pra ele demitir esse cara [Marcos Barbosa Pinto] na segunda-feira ou eu demito você, sem passar pelo Paulo Guedes". Na mesma entrevista o presidente afirmou que a situação do super ministro Moro também já não é mais tão sólida quanto antes. "Eu não sei das particularidades da vida do Moro. Eu não frequento a casa dele. Ele não frequenta a minha casa por questão até de local onde moram nossas famílias. Mas, mesmo assim, meu pai dizia para mim: Confie 100% só em mim e sua mãe" e ainda fez suas belas referências sobre relacionamento "Todo mundo pode ser [demitido]. Muita gente se surpreendeu com a saída do general Santos Cruz (demitido da Secretaria de Governo na quinta-feira]. Isso pode acontecer. Muitas vezes, a separação de um casal você se surpreende: 'Mas viviam tão bem!'. Mas a gente nunca sabe qual a razão daquilo. E é bom não saber. Que cada um seja feliz da sua maneira". Mesmo começando a deixar o ministro Moro à sua própria sorte, Bolsonaro defendeu seu "legado": "O Moro foi responsável, não por botar um ponto final, mas por buscar uma inflexão na questão da corrupção. E mais importante: [Moro] livrou o Brasil de mergulhar em uma situação semelhante a da Venezuela. Onde estaria em jogo não o nosso patrimônio, mas a nossa liberdade". Tudo no passado.