Um simples RX e o constrangimento seria evitado

28/06/2019

Ainda sobre 39 quilos de cocaína... O presidente Bolsonaro diz por vezes, que a escolha de seus assessores leva sempre em conta o histórico e a capacidade de cada uma para desempenhar as funções. Desta vez todos nós brasileiros ficamos chocados com a incompetência do chefe do setor que deveria cuidar da segurança presidencial. O chefe do GSI, falhou na segurança da comitiva presidencial, permitindo - espera-se que desavisadamente - que um taifeiro carregasse consigo, no avião da Presidência, 39 quilos de cocaína. A muamba foi descoberta por simples raio-x pelas autoridades espanholas, quando de uma escala técnica em Sevilha. Vexame maior para a imagem do país no mundo é difícil. A trajetória do General Heleno está longe de ser uma história de liderança competente. Ao invés disso mais parece de um grande fracasso profissional. Por conta desta incompetência, certamente aviões presidenciais brasileiros terão que passar por humilhante rotina de controle no exterior. O que aconteceu é um fato muito sério tráfico de drogas internacional. O pior é que o tráfico não foi promovido num avião de carreira, nem partiu de um aeroporto frequentado por milhares de passageiros controlados por método de amostragem. Partiu de uma Base Aérea dentro do centro do poder político do país, que tem um número limitado de acessos e que deveria ter um impecável controle. Daí o competente chefe escolhido pelo também competente presidente, indagado sobre como isso pode acontecer, sai com essa inteligente resposta "não tenho bola de cristal"! É isso? Um Gabinete de Segurança Institucional quer nos fazer crer que a segurança presidencial passou a ser um exercício de adivinhação? Que não dispomos de tecnologia suficiente para esta simples e rotineira revista? O presidente pode até não ser, mais está se mostrando um completo incompetente, mas isso não o faz um narcotraficante. Mas também não permite ele somente lavar as mãos e deixar o taifeiro carregar todo o ônus da culpa, desta vez as consequências desta ação recai sobre o Brasil. Imagine, se um simples visto para uma viagem de passeio, já era difícil para nós brasileiros obter, agora será muito mais difícil. O Chefe do GSI tem sim que explicar estes acontecimento. 

Basicamente isso tudo está hoje sob o comando do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o General Heleno, o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional. O mesmo que em episódio recente, visivelmente fora de si, esmurrou a mesa e pediu prisão perpétua para o ex-presidente Lula. Nas escolhas técnicas do presidente, escolheu um militar que foi comandante do pilar militar da Minustah, a missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti. Nessa condição, conduziu suas tropas ao ataque à Cité du Soleil, bairro de extrema pobreza em Porto Príncipe, promovendo verdadeiro massacre contra a população civil. Nunca foi oficialmente cobrado por isso. Voltou ao Brasil e tornou-se Comandante da Amazônia, quando fez uma série de declarações contra a proteção das populações indígenas. Existem outros fatos da carreira do general, que no momento não vem ao caso. E só para não perder o fio da meada "como um taifeiro de uma das aeronaves da presidência, embarca em uma das mais bem equipadas Bases aéreas do país, carregando em uma bagagem de mão 39 quilos de cocaína? O Brasil merece estas respostas.