Acordo secreto coloca presidente do Paraguai em situação difícil

02/08/2019
Foto Divulgação/Chancelaria do Paraguai
Foto Divulgação/Chancelaria do Paraguai

Nossa questão de sempre ter alguma coisa debaixo dos panos nas decisões do 'Novo' governo, volta a tona esta semana. Depois de festejar um acordo que vinha sendo mantido secreto sobre a energia da Usina binacional de Itaipu, o presidente paraguaio Mario Abdo Benitez, está sob ameaça de impeachment. Segundo o acordo, o Paraguai concordava em pagar mais pela energia da hidrelétrica binacional de Itaipu, isso levou Benitez e uma acusação de traição à pátria por ter assinado com o Brasil um documento que aumenta custos com energia em US$ 200 milhões. O presidente Bolsonaro então vem a público para dizer que aceitava cancelar o acordo, quando a verdade é bem diferente, de acordo com a Chancelaria paraguaia, a decisão de cancelar o acordo foi comunicada ao embaixador brasileiro Carlos Simas Magalhães. "A Alta Parte Contratante paraguaia comunicou sua decisão unilateral e soberana de deixar sem efeito a Ata Bilateral de 24 de maio de 2019". Em nota, o secretário de Relações Internacionais da Frente Guazú, Ricardo Canese, especialista em energia, afirma que houve "uma gravíssima violação do tratado e faria o Paraguai perder entre US$ 200 e US$ 300 milhões". Ele é membro do partido opositor que lidera o ex-presidente Fernando Lugo. Ainda segundo a reportagem, no acordo o advogado José Rodríguez González, assessor jurídico informal do vice-presidente, Hugo Velázquez, teria intermediado a exclusão de uma cláusula para beneficiar a empresa brasileira Léros Comercializadora, que seria 'seria' ligada à família Bolsonaro. O certo que que este impasse precisa de solução a curto prazo.