Na boca da caçapa  por desagradar o presidente

29/06/2019
Foto Divulgação/Arquivo Internet
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Ao que tudo indica, mais uma baixa pode acontecer nos corredores do palácio. Segundo fontes ligadas a sede do governo, o presidente tem se queixado da proximidade do ministro da Casa Civil, com os presidentes da Câmara e do Senado do ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni. Inicialmente o presidente tirou da pasta o comando das articulações políticas com o legislativo, o presidente se queixa que o ministro está fazendo o "jogo" do legislativo cedendo demais. O presidente tem dito que não se pode ceder a tudo o que deputados e senadores querem para o governo não virar refém da "velha política" (um termo que ele muito usa, mas certamente não faz a mínima ideia do que significa). Nem mesmo a cúpula do DEM arrisca dizer se Onyx sobreviverá no cargo. Uma das atitudes de Onyx que segundo apurado, desagradou o presidente, foi o fato de Onyx ter sido fiador do acordo pelo qual cada parlamentar deverá receber R$ 40 milhões até 2020 em emendas e recursos extra orçamentários. Pelo acerto, o governo promete liberar R$ 10 milhões para quem votar a favor da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara e outros R$ 10 milhões após a aprovação da proposta no plenário. Se tudo correr conforme o script combinado, os deputados receberão, ainda, mais R$ 20 milhões para obras nos seus redutos eleitorais em 2020, ano de disputas municipais. A oferta apresentada por Onyx também beneficia deputados novatos, que não teriam direito a emendas. Já existe até a tradicional bolsa de aposta de novos nomes, um deles seria o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), aliado de Bolsonaro. Outro nome lembrado é o do secretário especial da Previdência, Rogério Marinho (PSDB), vale lembrar que a algum tempo o ministro Guedes sugeriu aproveitá-lo em outra função. Mas ao que parece o presidente não quer mexer com ele antes da votação final das mudanças na aposentadoria, prevista para o segundo semestre. A sorte está lançada.