Cartão Corporativo, eles gastam e você paga?

12/08/2019

Faça o que eu mando, mas não faça o qie eu faço. Assim é moleza quando era deputado federal, presidente Jair Bolsonaro (PSL) era um dos maiores críticos da falta de transparência dos petistas. Gastos nababescos bancados com dinheiro público. Em 2008 o deputado bolsonaro desafia ao PT a abrir as despesas com cartão corporativo. Era escandaloso os gastos com esta forma de pagamento, foi descoberto por exemplo pagamentos com o cartão corporativo para custear mesas de sinuca, festas com bailarinas e até uma mera tapioca na praia. Era impressionante e interessante ver a ferocidade com que ele atuava contra esta situação, tudo que se esperava de um real representante da sociedade. Infelizmente, ele agora está do outro lado, e os atos tão criticados precisam ser explicados por ele. Gastos que ele e sua equipe vem fazendo com cartões corporativos . Somente no primeiro semestre deste ano, conforme dados do Portal da Transparência do Governo Federal, os gastos secretos da Presidência da República já chegaram a R$ 5,8 milhões com os cartões corporativos. (mais um dado que certamente será questionado e chamado de mentiroso pelo governo) O detalhamento destes gastos , como data em que ocorreram, quem recebeu e por qual serviço recebeu não é divulgado. Sabe-se, porém, que o valor desembolsado de forma secreta pela Presidência da República em 2019 já representa nestes primeiros seis meses, uma elevação de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente também precisa esclarecer porque a maioria destes gasto terem sido além do limite. Em uma única oportunidade, a Presidência da República gastou R$ 79.372,41. Estes gastos específicos seriam referentes a custos de operação de uma aeronave que transportou a comitiva presidencial para Davos, na Suíça, em fevereiro deste ano. O pagamento com cartão corporativo do governo federal foi implementado em 2001, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A solução é interessante para se equacionar pequenos gastos, sem precisar recorrer a procedimentos licitatórios, reconhecidamente lentos e pouco eficazes. O problema é quando os chamados dispêndios secretos viram regra. Por exemplo, somente em 2019, foram efetuadas 2,7 mil compras sigilosas por parte da Presidência da República, 15 gastos novos ao dia. Eu ganhei, eu sou o presidente, eu posso.