Mamãe porque você tá azul?

13/08/2019

Mais uma vítima por oposição ao regime da ditadura militar, conta seu relato de sofrimento nas mãos do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, classificado por Jair Bolsonaro como "herói nacional". Maria Amélia de Almeida Teles, Amelinha, seu marido e outro militante de oposição à ditadura militar foram presos em dezembro de 1972, em São Paulo. Amelinha conta que pior que a tortura física a que eram submetidos era a psicológica. Ela conta que durante uma destas sessões seus torturadores foram a sua casa e trouxeram seus filhos e sua minha irmã grávida. Nesse momento ele conta que estava nua, sentada na 'cadeira do dragão' que tinha este nome porque tinha ligado a ela, fios elétricos, em uma sala da operação bandeirantes. Em razão da série de tortura que havia sido submetida, Amelinha estava bastante machucada sua menina, então com cinco anos e seu filho com quatro, foram levados para que a vissem e na inocência das crianças elas perguntaram porque eu estava azul e o pai deles verde. Olhei para o meu corpo e vi o quanto estava roxa pelos hematomas", contou Amelinha. Esta certamente é uma parte da nossa história que gostaríamos de apagar, mas isso não é possível. Os guerrilheiros sempre serão guerrilheiros, os membros de facções armadas sempre serão membros de facções armadas e os assassinos torturadores, sempre serão assassinos torturadores. isso são 'fatos' e contra fatos não existe resistência.