Maior tristeza e não saber se poderemos voltar pra' casa um dia...

13/08/2019

A seis meses, 160 famílias de moradores da Zona de Autossalvamento (ZAS) da Barragem Sul Superior, na mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), foram evacuados de suas residências, pelo risco iminente de mais um desastre catastrófico do rompimento da barragem. Desde então estas pessoas viram suas vidas virarem de cabeça para baixo. As famílias estão residindo em casas alugadas pela empresa. Com apoio especializado e responsável, de profissionais contratados pela Vale, as pessoas tiveram participação ativa na escolha de suas moradias para que os impactos da mudança fossem atenuados. As famílias receberam os imóveis reformados, limpos, mobiliados e abastecidos com alimentos e materiais de higiene pessoal. Como complementação de mobiliário, elas ainda receberam doação no valor de R$ 4 mil mais auxílio-vestuário de R$ 1 mil por adulto e R$ 500 por criança e adolescente. Todas as pessoas também receberam R$ 150 para adquirir itens de higiene. Segundo a Cia Vale, a cava da mina Gongo Soco vem sendo monitorada 24 horas por dia, de forma remota, com o uso de radar e estação robótica, além de sobrevoos com drone. Esses equipamentos são capazes de detectar movimentações milimétricas da estrutura. O vídeo monitoramento é feito em tempo real pela sala de controle em Gongo Soco e no Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale. A empresa também está realizando obras emergenciais em Barão de Cocais que visam à implantação de contenções à jusante da barragem Sul Superior e são, portanto, essenciais para diminuir o impacto e proteger as comunidades e o meio ambiente, em caso de rompimento. Os trabalhos consistem em dois tipos de barreiras para reter a mancha de inundação, reduzindo, assim, os possíveis impactos às pessoas e ao meio ambiente. Na primeira parte da obra foram erguidas duas barreiras de telas metálicas, posicionadas ao longo do leito do rio São João, cujo vale forma o caminho natural da mancha de inundação. As telas têm como função reduzir a velocidade dos rejeitos em caso de ruptura da estrutura. A segunda etapa da obra consistiu na instalação de uma barreira de blocos de granito, também colocadas ao longo do leito do curso d'água. De uma forma geral, as barreiras atuarão no sentido de reduzir a velocidade de avanço do rejeito. Tudo muito justo... O que a Vale só não pode, é acreditar que está fazendo favores a estas famílias. Certamente o que elas mais queriam era estar em suas casas, em seus espaços, com suas vidas de volta, mas infelizmente, mesmo com toda esta tecnologia, não existe sequer uma previsão.