Xenofobia, agressão e constrangimento

02/07/2019

Como se não bastasse a situação constrangedora que nosso país já vive no exterior, um grupo de ativistas bolsonaristas mostra seu lado xenofóbico durante as manifestações de domingo. A correspondente internacional da Agência AFP Paula Ramon, foi hostilizada em São Paulo. "Depois de anos de Brasil, hoje pela primeira vez alguém me destratou em São Paulo por ser estrangeira. No final, a pessoa me gritou que voltasse para meu país. Não é agradável, assim que fico muito feliz de ver que é a exceção, não a regra", postou. "Queria apenas agradecer tantos mensagens e o apoio, estou muito comovida. Eu sinto muito carinho pelo Brasil e sou muito agradecida pelo bem que o país tem me recebido", continuou. "Fiz o desabafo porque estava com meu irmão, que veio de visita, e ele me disse que isso acontecia com frequência com ele que também mora fora da Venezuela, e que por isso ele achava normal. Suas mensagens me ajudaram a mostrar para ele que as pessoas sim se importam. 

Fato idêntico ocorreu em Brasília, outra 'mulher' foi ofendida e quase expulsa da manifestação na Esplanadas dos Ministérios. Pelo simples fato de estar com os cabelos tingidos de vermelhos. Por conta da tonalidade dos fios, ela foi chamada de petista por manifestantes, que pediam que ela se retirasse do local. Enquanto amigos garantiam sua opção partidária, integrante da manifestação no trio elétrico, aos gritos mandavam que a retirassem do local. Intolerância, ampla, geral e irrestrita.