Negacionistas atacam vacinação infantil de forma ordinária nas redes sociais

01/02/2022

Nem precisava dizer, mas é falso, os vídeos que circulam nas redes sociais que afirmam que uma menina teria morrido na Bahia em consequência da vacina. De acordo com dados do Ministério da Saúde, nenhuma criança ou adolescente com menos de 18 anos veio a óbito no Brasil em consequência de evento adverso pós-vacinação. A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia também afirma não haver registro de morte de criança em decorrência da aplicação da vacina, nem mesmo casos em investigação que se enquadrem no perfil das meninas. Os vídeos que circulam na internet mostram crianças passando mal em dois momentos: vomitando em um balde e se queixando de dores em um leito hospitalar. As características físicas são aparentemente distintas. Esses vídeos foram compartilhados separadamente, com a atribuição de nomes diferentes às crianças. Porém, negacionistas da vacina colocaram no ar, uma versão editada, que une os dois trechos, dando a entender que seriam imagens de uma mesma menina e que ela teria morrido como consequência da aplicação da vacina contra a covid-19. O Projeto Comprova verificou vídeos, áudio e fotos que circulam no Facebook, no Instagram e no WhatsApp que dizem que uma menina morreu após receber o imunizante contra a covid-19. Em outro vídeo, que circula por WhatsApp, é feita uma edição que une trechos de dois desses vídeos com os dizeres: "Mais uma criança veio a óbito" e a imagem de uma seringa, ele questionou SMS-BA que em nota disse "A Secretária Estadual de Saúde da Bahia informa ao Comprova que o estado não registrou nenhuma morte decorrente de evento adverso pós-vacinação". O painel da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que registra os eventos suspeitos de farmacovigilância, diz que o único caso suspeito registrado na Bahia para a vacina da Pfizer foi de um homem adulto. O Comprova ouviu a mulher cujo número de WhatsApp aparece em algumas postagens compartilhando o áudio que seria da mãe da criança. Ela disse desconhecer a família e afirmou que recebeu o conteúdo de outros grupos e apenas o compartilhou porque estava em busca de informações sobre o episódio. Nosso objetivo é que nosso jornalismo opinativo mostre todos os lados da notícia. Somos totalmente a favor da vacinação, mas não teríamos nossa opinião embaçada por isso. Todo e qualquer efeito adverso provocado pela vacina nos noticiaremos e cobraremos das autoridades. O que não permitiremos é que nossos leitores sejam enganados. Leia na integra a matéria da CNN Brasil