No ano passado jornalistas sofrem o maior número de agressões da história

28/01/2022

O jornalista brasileiro não sofreu tanta violência como nos últimos três anos. Só em 2021 a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalista) registrou 430 ataques à categoria, o maior número desde o início da série histórica, em 1990. Em 2020, ocorreram 428 casos de agressão. O principal agressor é o presidente da república, que se tornou o líder de um processo de ``descredibilização" do trabalho da imprensa. Sozinho, ele cometeu 147 investidas contra jornalistas. O relatório da Fenaj pontua como graves episódios como em que Presidente agrediu verbalmente jornalistas usando termos como "canalha", "quadrúpede", "picaretas" e "idiota", e mandando uma profissional calar a boca. "A continuidade das violações à liberdade de imprensa no Brasil está claramente associada à ascensão de Jair Presidente à Presidência da República", alertou a presidente da Fenaj, Maria José. A presidente da Federação alerta. "O jornalismo é um dos pilares das sociedades democráticas e não há jornalismo sem jornalistas. Portanto, é responsabilidade de todos combater ações de quem quer que seja, inclusive do presidente da República, para a disseminação de uma cultura da violência contra jornalistas", frisou, no relatório.