Presidente promete entrar na justiça para baixar preços dos combustíveis

13/05/2022

Depois de exonerar (a pedido) nesta quarta o agora ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o presidente voltou à carga contra a Petrobras. Nesta quinta-feira (12) ele afirmou que vai recorrer à Justiça para tentar obrigar a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis. No entanto, ele já vaticinou. "A gente espera redução do preço. Vamos ter que recorrer à Justiça. Sabemos que, quando eu recorro, é quase impossível eu ganhar". Não tem nada haver com ser ele a recorrer e sim com a constitucionalidade ou não do recurso. A disparada dos preços dos combustíveis é a principal preocupação da equipe de campanha à reeleição. Ele afirma. "Estamos fazendo o possível na Petrobras, sem interferência, para ela entender seu papel. Entender como? Fazendo aqui mudanças, como fizemos no Ministério de Minas e Energia. O Ministro Bento foi quem pediu para sair. Tínhamos um pequeno problema na Petrobras, ele decidiu assinar sua saída do Ministério de Minas e Energia", afirmou. O presidente voltou a culpar a todos pela ineficiência de seu governo, ele voltou a taxar o lucro da estatal como "lucro absurdo" e cobrou novamente que governadores reduzam a alíquota do ICMS para diminuir o preço do diesel e do gás de cozinha. Vale lembrar que na maioria dos estados o ICMS não é reajustado desde de 2020 e os aumentos continuam ocorrendo, o que só prova que não é essa a razão dos aumentos. "A arrecadação do ICMS dos combustíveis tem batido recorde ano após ano", reclamou. O presidente também culpou a interferência nos preços da Petrobras em governos petistas pelos aumentos atuais. Ele ainda aproveitou a oportunidade para atacar ministros do STF. O chefe do Executivo criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a Zona Franca de Manaus. "Lamentavelmente, nosso querido ministro acolheu uma ação, uma liminar, para que os produtos produzidos na Zona Franca de Manaus voltassem a ter um preço mais alto. Essa proposta nossa não ataca os empregos da ZFM. Os políticos carreiristas, como Omar Aziz, fazem demagogia, como se fossem os protetores da ZFM". Na verdade, os preços dos produtos produzidos na ZFM, sempre tiveram a marca do preço baixo.