Presidente sobe o tom em suas ameaças golpistas

25/06/2022

Sem ter nenhuma realização para apresentar ao eleitorado brasileiro e depois da divulgação da pesquisa Datafolha que apresenta que 47% dos brasileiros não estão satisfeitos com seu governo, o presidente resolveu recordar a famosa citação de agir dentro das quatro linhas da constituição. No entanto ele próprio contraria sua afirmação, agir dentro das quatro linhas, seria no mínimo respeitar a vontade da maioria dos eleitores, seja ela qual for. Em todas as eleições presidenciais do passado, os perdedores voltavam pra casa, para rever suas campanhas e pensar no futuro. O presidente, porém, parece estar disposto a tentar um golpe. Durante seu discurso na Marcha para Jesus, em Balneário Camboriú (SC). Ele afirmou. "Sempre tenho falado das quatro linhas da Constituição. Tenham certeza: se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque, cada vez mais, "eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas nos quatro cantos desse Brasil" chega a ser hilário essa afirmação. Não podemos esperar chegar 23, ou 24, e olhar para trás e nos perguntarmos a nós mesmos o que nós não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje em dia. Nós somos a maioria, a democracia é vocês, vocês têm que dar o norte para todos nós", acrescentou o presidente para uma multidão que participava do evento de cunho religioso. Onde está esse contingente que o presidente afirma ter, ninguém sabe. A última pesquisa aponta que ele não tem o apoio da maioria dos eleitores, ela mostra que se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria eleito já no primeiro turno em outubro. Também em grupos de WhatsApp com apoiadores o governo reescreveu neste sábado, uma afirmação que o presidente da Amebrasil (Associação dos Militares Estaduais do Brasil), deu em agosto do ano passado. O coronel Marcos de Oliveira disse. "Polícia Militar seguirá o Exército em caso de ruptura institucional". 

Resta saber se os mais de 300 mil militares estarão dispostos a acompanhar os cerca de 2,700 que ocupam cargos em mais de 70 órgãos do governo. O mesmo se aplica às PM de todos os estados.