Rei Midas as avessas

26/07/2019
Foto Divulgação/Arquivo Internet
Foto Divulgação/Arquivo Internet

O presidente Bolsonaro parece o personagem rei Midas, só que enquanto o mitológico rei até as pessoas que tocava virava ouro. Todos que o presidente toca viram completos patetas. Como é que pode, um ex-juiz e atual ministro da justiça, ousar dizer que pretende destruir provas de uma investigação em andamento? Alguém pode por favor tentar me explicar. As tais provas são as conversas encontradas em poder dos "hackers de Araraquara", quatro malandros de quinta, que em um computador Lenovo (nada contra a marca) de pelo menos uns dez anos, conseguiram subtrair mensagens dos celulares de várias autoridades do país, entre elas o ex-juiz Moro e o procurador da Operação lava jato Deltan Dallagnol. Agora o ministro diz que ordenou a destruição deste material. Isso fez com que a Polícia Federal desmentisse as declarações. Em nota divulgada à imprensa, a PF disse que a Operação Spoofing não busca analisar as mensagens eventualmente captadas pelos hackers e que caberá à Justiça definir se o material será ou não destruído. ​O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, confirma que recebeu a ligação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, informando que o seu nome aparece na lista das autoridades hackeadas. O ministro do STJ disse que está tranquilo porque não tem nada a esconder e que pouco utilizava o Telegram. O ministro Moro informou durante a ligação que "o material obtido vai ser descartado para não devassar a intimidade de ninguém". As investigações sobre o caso são de responsabilidade da Polícia Federal, a quem cabe responder sobre o caso. disse o ministro Noronha. O ministro da Justiça acaba declarando a um membro a alta corte de justiça, sua intenção de cometimento de um crime de destruição de provas. Taí, um crime anunciado. É sério isso?