Varíola do Macaco - Ministro Queiroga diz que 61,5% de aumento de casos em 8 semanas e configura emergência já são 1.721 casos confirmados

05/08/2022

Os casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox) no Brasil aumentaram 61,5% em uma semana, totalizando 1.721, na noite de quarta-feira (3), apenas oito semanas após o primeiro diagnóstico da doença no país. No entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem (04) que, por enquanto, não vai declarar emergência de saúde pública para a varíola dos macacos. "Não há configuração de emergência de saúde pública nacional por causa da questão da letalidade que é considerada baixa no Brasil. Esse é um dos pontos, mas o nosso sistema de saúde tem plenas condições de atender os casos, os quais em sua grande maioria não são graves", afirmou. O Ministério da Saúde aguarda o primeiro lote com 20 mil doses do imunizante contra a varíola dos macacos ate o final do mês de agosto. Um segundo lote, com 30 mil doses, tem previsão de chegada no começo de setembro. As vacinas foram encomendadas junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e à Organização Mundial de Saúde (OMS). O país ainda não iniciou tratativas diretas com o fabricante do imunizante. Ontem (04) os Estados Unidos declararam, varíola dos macacos uma emergência de saúde pública, com casos aumentando nos EUA. O anúncio foi feito durante um briefing com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês). O governo de Joe Biden tem sido criticado pela maneira como tem lidado com o surto, e alguns pediram à administração que declarasse uma emergência nacional o mais rápido possível. Aqui o ministro diz que o número de mortes ainda não justifica emergência mesmo com o aumento assombroso de casos confirmados. O governo de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (4), o lançamento de iniciativas de combate à varíola dos macacos, causada pelo vírus Monkeypox. O plano de enfrentamento inclui a criação de um centro de controle e de uma rede integrada para o diagnóstico laboratorial e atendimento a pacientes com a doença.